Chega ao fim, após 16 anos, o Governo de Angela Merkel na Alemanha
27 de setembro de 2021
Merkel, nascida na Alemanha Oriental, é formada em física e desde muito jovem já se engajou na política com movimentos da política da época, foi eleita para uma cadeira no Parlamento alemão (Bundestag) nos anos 1990, logo após a unificação alemã.
Se tornou a chefe de governo alemão em 2005, passou por quatro mandatos no sistema parlamentarista com diferentes coligações e costuras de poder.
A Era Merkel foi marcada por diversos avanços e crises. A líder alemã é sem dúvida uma figura política que inspira o mundo, foi a dirigente mais longeva da Europa contemporânea, onde a maioria dos Estados são encabeçadas por figuras masculinas.
Acumulou dez títulos de “mulher mais poderosa do mundo”, atribuídos nos últimos dez anos seguidos pela revista Forbes. A mesma revista a apontou duas vezes como a “pessoa mais poderosa do mundo”, sendo a única mulher a conseguir o feito.
Sua era foi marcada por uma defesa forte da União Europeia, sendo o elo central do bloco. Adotando uma política flexível às necessidades e opiniões dos alemães, ela foi criticada por medidas econômicas consideradas austeras – mas as quais, segundo economistas, ajudaram a salvar o euro e manter a Alemanha relativamente segura durante a grande crise financeira mundial de 2008.
Também fortaleceu políticas sociais e pró-mulheres. Seu governo presenciou também a legalização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Sem dúvida uma carreira admirável que inspira muitas mulheres ao redor do mundo, principalmente as que querem seguir algum tipo de aspiração política.
Porém, nem tudo são flores no “Reino da Dinamarca”, no caso, na República Alemã. Merkel deixou um parlamento fragmentado e sem um líder forte para garantir uma linha sucessória estável e com propostas claras que realmente acalmem os ânimos locais e internacionais.
O país peca em atrair imigrantes, e a sensação é que a xenofobia aumentou. Segundo um estudo, a Alemanha precisa atrair 400 mil pessoas por ano, para manter competitividade econômica e estabilidade demográfica e a população parece que ainda não aceitou essa realidade.
Apesar dos avanços para as mulheres, o parlamento ainda é pouco representativo nessa esfera e isso reflete nos boards das empresas.
Foram 16 anos no poder, com diversas crises, nenhum líder é isento de críticas e elogios em tão longo período de governo.
O que fica claro é que Merkel sem dúvida deixa um legado forte para futuras gerações se espelharem na líder que sempre teve fala contida, se baseou em fatos para determinar suas políticas públicas e soube se colocar como uma líder moderada e bastante estratégica ao conter os ânimos e paixões populistas que surgem na atual conjuntura política internacional.
Chega ao fim, após 16 anos, o Governo de Angela Merkel na Alemanha
Merkel, nascida na Alemanha Oriental, é formada em física e desde muito jovem já se engajou na política com movimentos da política da época, foi eleita para uma cadeira no Parlamento alemão (Bundestag) nos anos 1990, logo após a unificação alemã.
Se tornou a chefe de governo alemão em 2005, passou por quatro mandatos no sistema parlamentarista com diferentes coligações e costuras de poder.
A Era Merkel foi marcada por diversos avanços e crises. A líder alemã é sem dúvida uma figura política que inspira o mundo, foi a dirigente mais longeva da Europa contemporânea, onde a maioria dos Estados são encabeçadas por figuras masculinas.
Acumulou dez títulos de “mulher mais poderosa do mundo”, atribuídos nos últimos dez anos seguidos pela revista Forbes. A mesma revista a apontou duas vezes como a “pessoa mais poderosa do mundo”, sendo a única mulher a conseguir o feito.
Sua era foi marcada por uma defesa forte da União Europeia, sendo o elo central do bloco. Adotando uma política flexível às necessidades e opiniões dos alemães, ela foi criticada por medidas econômicas consideradas austeras – mas as quais, segundo economistas, ajudaram a salvar o euro e manter a Alemanha relativamente segura durante a grande crise financeira mundial de 2008.
Também fortaleceu políticas sociais e pró-mulheres. Seu governo presenciou também a legalização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Sem dúvida uma carreira admirável que inspira muitas mulheres ao redor do mundo, principalmente as que querem seguir algum tipo de aspiração política.
Porém, nem tudo são flores no “Reino da Dinamarca”, no caso, na República Alemã. Merkel deixou um parlamento fragmentado e sem um líder forte para garantir uma linha sucessória estável e com propostas claras que realmente acalmem os ânimos locais e internacionais.
O país peca em atrair imigrantes, e a sensação é que a xenofobia aumentou. Segundo um estudo, a Alemanha precisa atrair 400 mil pessoas por ano, para manter competitividade econômica e estabilidade demográfica e a população parece que ainda não aceitou essa realidade.
Apesar dos avanços para as mulheres, o parlamento ainda é pouco representativo nessa esfera e isso reflete nos boards das empresas.
Foram 16 anos no poder, com diversas crises, nenhum líder é isento de críticas e elogios em tão longo período de governo.
O que fica claro é que Merkel sem dúvida deixa um legado forte para futuras gerações se espelharem na líder que sempre teve fala contida, se baseou em fatos para determinar suas políticas públicas e soube se colocar como uma líder moderada e bastante estratégica ao conter os ânimos e paixões populistas que surgem na atual conjuntura política internacional.
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