“Cracolândias” pelo mundo – Como outras cidades encararam a questão?
4 de maio de 2023
Infelizmente nos acostumamos a conviver com a Cracolândia como se fosse uma questão sem solução. Afinal, desde os anos 1990, São Paulo convive com esse problema de segurança e saúde pública
São Paulo não é a única cidade do mundo que lida com esse drama. Existem outras “cracolândias”, cada uma com sua característica. Veja como outros países lidam com esse problema e como alguns resolveram o desafio.
Nova York, Estados Unidos: Na década de 80, o crack também dominou a cidade de Nova York. A região do Bryant Park e a área do Lower East Side eram dominadas pelo tráfico, com cenas de venda de drogas a céu aberto. A cidade resolveu o problema com a política de tolerância zero, que prendia pequenos criminosos para desincentivar o uso e venda.
Amsterdã: Nas décadas de 1970 e 1980, a venda e consumo de drogas na área de Zeedijk, uma rua no centro antigo de Amsterdã, se tornou um grande problema para moradores e governo local. Mas após uma combinação de medidas de acolhimento, tratamento e uso da polícia para desocupação de ruas e prédios abandonados, a cena foi desmobilizada.
Lisboa: Nos anos 1990 a cidade portuguesa enfrentava uma onda de consumo de heroína com cenas de uso a céu aberto. Em 2001 o governo alterou a abordagem, encaminhando usuários para atendimento psicológico e social. Dependentes recebiam tratamento e acompanhamento médico. Ampliou-se a oferta de abrigos e centros de reabilitação. Como consequência, o número de pacientes sendo tratados aumentou e reduziu o consumo de drogas.
Skid Row, Los Angeles: A menos de meia hora de carro das mansões de Hollywood e da Calçada da Fama, a Skid Row reúne a maior concentração de pessoas em situação de rua dos Estados Unidos, cerca de 4 mil pessoas – e metade delas, segundo ONGs locais, utilizam diariamente drogas pesadas.
La Colline, Paris: No bairro de La Colline, usuários de crack se concentraram nas ruas entre traficantes e outros criminosos. A situação se tornou tão preocupante e conhecida entre os moradores da capital francesa que a região passou a ser conhecida como “Colline du Crack”, ou Colina do Crack, em português.
Além do crack, novas substâncias comercializadas nos EUA estão chegando ao Brasil e se espalhando rapidamente. É o caso do K9 e do Fentanil, conhecidos como “supermaconhas” sintéticas, ou causadoras do “efeito zumbi” – quando o usuário não consegue se mexer ou falar durante o efeito desses químicos. Só em 2023, já foram mais de 100 jovens internados por conta da droga em São Paulo.
A concentração de usuários e as cenas de uso de drogas em céu aberto não é um problema apenas de São Paulo. Precisamos trabalhar com seriedade e aprendendo como outras cidades encararam o desafio. É importante também prevenir que essas novas substâncias, altamente viciantes, se tornem um novo problema para nossa cidade.
“Cracolândias” pelo mundo – Como outras cidades encararam a questão?
Infelizmente nos acostumamos a conviver com a Cracolândia como se fosse uma questão sem solução. Afinal, desde os anos 1990, São Paulo convive com esse problema de segurança e saúde pública
São Paulo não é a única cidade do mundo que lida com esse drama. Existem outras “cracolândias”, cada uma com sua característica. Veja como outros países lidam com esse problema e como alguns resolveram o desafio.
Nova York, Estados Unidos:
Na década de 80, o crack também dominou a cidade de Nova York. A região do Bryant Park e a área do Lower East Side eram dominadas pelo tráfico, com cenas de venda de drogas a céu aberto. A cidade resolveu o problema com a política de tolerância zero, que prendia pequenos criminosos para desincentivar o uso e venda.
Amsterdã:
Nas décadas de 1970 e 1980, a venda e consumo de drogas na área de Zeedijk, uma rua no centro antigo de Amsterdã, se tornou um grande problema para moradores e governo local. Mas após uma combinação de medidas de acolhimento, tratamento e uso da polícia para desocupação de ruas e prédios abandonados, a cena foi desmobilizada.
Lisboa:
Nos anos 1990 a cidade portuguesa enfrentava uma onda de consumo de heroína com cenas de uso a céu aberto. Em 2001 o governo alterou a abordagem, encaminhando usuários para atendimento psicológico e social. Dependentes recebiam tratamento e acompanhamento médico. Ampliou-se a oferta de abrigos e centros de reabilitação. Como consequência, o número de pacientes sendo tratados aumentou e reduziu o consumo de drogas.
Skid Row, Los Angeles:
A menos de meia hora de carro das mansões de Hollywood e da Calçada da Fama, a Skid Row reúne a maior concentração de pessoas em situação de rua dos Estados Unidos, cerca de 4 mil pessoas – e metade delas, segundo ONGs locais, utilizam diariamente drogas pesadas.
La Colline, Paris:
No bairro de La Colline, usuários de crack se concentraram nas ruas entre traficantes e outros criminosos. A situação se tornou tão preocupante e conhecida entre os moradores da capital francesa que a região passou a ser conhecida como “Colline du Crack”, ou Colina do Crack, em português.
Além do crack, novas substâncias comercializadas nos EUA estão chegando ao Brasil e se espalhando rapidamente. É o caso do K9 e do Fentanil, conhecidos como “supermaconhas” sintéticas, ou causadoras do “efeito zumbi” – quando o usuário não consegue se mexer ou falar durante o efeito desses químicos.
Só em 2023, já foram mais de 100 jovens internados por conta da droga em São Paulo.
A concentração de usuários e as cenas de uso de drogas em céu aberto não é um problema apenas de São Paulo. Precisamos trabalhar com seriedade e aprendendo como outras cidades encararam o desafio. É importante também prevenir que essas novas substâncias, altamente viciantes, se tornem um novo problema para nossa cidade.
Me acompanhe também pelo instagram clicando aqui!
Receba nossas
novidades por
email
Siga a Cris nas redes:
© 2024 Cris Monteiro. Todos os direitos reservados.