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GOVERNO DE SP LANÇA PROGRAMA PARA COMBATER A POBREZA MENSTRUAL NAS ESCOLAS ESTADUAIS

16 de junho de 2021

Quero aproveitar que o assunto está ganhando força e trazer meu ponto de vista mais uma vez:

“As escolas estaduais paulistas vão receber R$ 30 milhões para o Programa Dignidade Íntima, para combater a pobreza menstrual. A medida, lançada nesta segunda-feira (14), pode atingir cerca de 1,3 milhão de meninas em mais de 5000 escolas.” Veja São Paulo

Dizer que uma mulher é economicamente afetada pela menstruação, significa dizer que durante o período da menstruação, ela obrigatoriamente tem que utilizar os seus recursos escassos para compra de absorventes, para que possa ir para o trabalho ou para a escola, fazendo com que sua renda seja afetada.

A escassez de recursos faz com que as pessoas tenham que tomar escolhas racionais. Uma mulher em situação de vulnerabilidade social precisa fazer escolhas sobre como utilizar melhor o seu dinheiri. Se seu dinheiro é escasso e ela precisa tomar a decisão de como gastá-lo, um absorvente não estará no topo de suas prioridades, que giram em torno da família e filhos, que em sua maioria criam sozinhas e com dupla jornada de trabalho. Isso faz com que ela durante certos dias do mês esteja “inválida”, pois não conseguirá sair para trabalhar ou estudar, pois biologicamente está em uma situação que necessita de um absorvente.

É hora de parar de fechar os olhos para as dificuldades do mundo real: há um prejuízo econômico considerável para as mulheres em vulnerabilidade social e econômica durante a menstruação. Não conseguir ir ao trabalho ou estudar, porque está menstruada e não possuir dinheiro para comprar absorvente é DESUMANO!

Não se trata de fazer almoço grátis com o bolso alheio e sim da constatação da pobreza estrutural do país em que vivemos e como podemos ajudar para a prevenção de Saúde, além de garantir que uma menina vá a escola sem nenhum fomento a complexo de inferioridade pela sua situação de pobreza, assim como nenhuma mulher poderá ser produtiva, se tiver que deixar de trabalhar em um certo período de dias, todos os meses.

A obrigação moral do Estado é garantir serviços públicos essenciais que visem resguardar os mais vulneráveis na Educação, na Saúde e na Segurança. E é isso que estou defendendo.

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