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Mulheres negras estão na primeira posição do ranking da desigualdade social

31 de março de 2021

Na noite desta 3ª feira (31/03), aconteceu mais um evento da série São Paulo Mulher, cujo tema foi “Desafios das mulheres negras na cidade de São Paulo”, por iniciativa da vereadora Cris Monteiro (NOVO/SP).  O encontro online debateu o problema da desigualdade social e racial na cidade de São Paulo.

Em pesquisa recente da Rede Nossa São Paulo, as mulheres negras aparecem na primeira posição do ranking da desigualdade social, comprovando que elas são o perfil demográfico mais vulnerável habitando a cidade. Ainda de acordo com a pesquisa, as mulheres negras são as que menos possuem acesso aos equipamentos públicos, sem falar que são o perfil de mulheres que registram os principais índices de gravidez na adolescência. A desigualdade na cidade de São Paulo tem endereço, tem cor, tem gênero, e é isso que os governos e representantes públicos precisam assumir como atenção prioritária na pauta de responsabilidade social da cidade.  

A convidada foi Aline Torres, mulher, jovem e negra. Trabalha em conjunto da sociedade civil com ações que promovem inclusão social com mulheres, negros e homossexuais, ministra cursos e palestras com temáticas ligadas à cultura, juventudes e Gestão de Projetos Culturais. É pesquisadora sobre a transformação cultural do racismo e atua em coletivos de juventude negra, dentre eles a UNEGRO e o Coletivo Juventude Negra de São Paulo, com o intuito de despertar questões raciais em espaços de poder e promover a inclusão, através de políticas públicas e leis de incentivo à cultura capacitando jovens e despertando o seu potencial adormecido. É líder RAPS e tem especialização no RENOVA BR.

Segundo Aline, a mulher negra na pirâmide da sociedade, está abaixo de todos os outros. Tem menos acesso à zeladoria, ao trabalho e principalmente à saúde pública. Na periferia, a saúde é bem precária, faltam equipamentos públicos. No que diz respeito ao trabalho, até houve melhorias com relação ao estudo, no entanto no momento da contratação, a mulher negra raramente é selecionada.

Historicamente a mulher negra sempre foi sensualizada, só servia para o sexo e não para entrar em uma faculdade e consequentemente para o mercado de trabalho. Houve uma evolução nesse sentido, no entanto é necessário que empresas e o poder público abram vagas destinadas para essas pessoas, pois a história mostra que essas mulheres sempre foram marginalizadas, é necessário equalizar.

“É bobagem falar em meritocracia numa sociedade totalmente desigual. A culpa dessa situação não é do branco, mas a responsabilidade de mudar essa realidade, é”, finalizou Aline Torres.

Como pontos dessa conversa a serem abordados na carta compromisso, que será elaborada pela vereadora Cris Monteiro após a série de eventos, ficou a importância da fiscalização do cumprimento da Lei 10.639/2003, que determina que a história e a cultura afro-brasileira e africana façam parte da grade curricular das escolas. Apesar de ser uma lei, a regra ainda não foi aplicada em grande parte das instituições de ensino; outro ponto abordado foi a necessidade de trabalhar ações que incentivem empresas e o poder público a contratarem mulheres negras.

Quer saber mais? Clique aqui e veja o evento completo

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