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Reabertura do Hospital Sorocabana está prestes a virar realidade

8 de junho de 2021

Na noite desta 2ª feira (7/06), a Associação Comercial de São Paulo- Distrital Oeste (ACSP) realizou uma live que discutiu a reabertura do Hospital Sorocabana, na Lapa. Participaram do evento virtual a vereadora Cris Monteiro, vereador Fabio Riva, ex vereador e coordenador da Comissão de Saúde da ASCP- Gilberto Natalini, Luiz Zamarco- Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Saúde e o Diretor Superintendente da ACSP- Mario Martinelli.

“Está clara a necessidade da reabertura do Sorocabana para a população da Lapa e região. Entro agora nessa luta, junto com a comunidade lapeana e a Associação Comercial de São Paulo, coloco o nosso gabinete à disposição para o que se fizer necessário. A causa é mais que justa”, disse a vereadora Cris Monteiro.   

O Hospital Sorocabana, construído em 1955, em um terreno doado pelo Estado, foi durante décadas referência de atendimento público à população da região da Lapa. O distrito da Lapa conta com 60.000 moradores.

Em 2010, por desvios administrativos dos dirigentes da Associação mantenedora, o equipamento público foi fechado. Com mobilização popular e de vereadores, conseguiu-se que o Governo do Estado de SP retomasse o terreno e o prédio do Hospital.

Em 2012, o Hospital foi municipalizado e entregue para a administração da Prefeitura. A Prefeitura reformou o Hospital e implantou no andar térreo do prédio o serviço de Pronto Atendimento 24 horas e um AME-Ambulatório Médico de Especialidades. O acordo era que a Prefeitura abriria o hospital de forma gradativa, mas isso não aconteceu. Em maio desse ano, surgiu a possibilidade de transferência da gestão do hospital para a rede privada. Mas não foi possível, já que a posse do terreno é do Estado e há dívidas imobiliárias.

Em 2016, o prédio que pertencia ao estado, foi cedido à prefeitura por 20 anos. Desde então, apenas os três serviços municipais de saúde (Hospital Dia Hora Certa, AMA e CER) foram instalados. Em 2018, o prédio chegou a ser vendido em um leilão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para que dívidas trabalhistas fossem pagas. A venda, porém, acabou anulada, pois o estado, que detém parte do terreno, não foi notificado na ocasião.

O Hospital era um dos mais importantes da região até ser fechado por problemas financeiros. Um ano antes de fechar, ele tinha 217 leitos clínicos destinados a pacientes do SUS e atendia cerca de 20 mil pessoas por mês.

A Prefeitura de São Paulo entregou em 2020, 75 novos leitos (12 UTIs e 63 enfermaria) no Complexo Hospitalar Municipal Sorocabana, no bairro da Lapa, zona oeste da cidade, de acordo com informações do município. Os leitos estão sendo utilizados, durante a pandemia do novo coronavírus, para o tratamento exclusivo de pacientes com a doença. Os leitos estão sendo utilizados para casos de baixa e média complexidade.   Foram investidos R$ 1,3 milhão na reforma e adequação do prédio e mais R$ 1,1 milhão em equipamentos. O custo médio mensal para manter os serviços é estimado em R$ 3,2 milhões. Diferente dos hospitais de campanha, que são estruturas provisórias, a estrutura do Hospital Sorocabana será permanente.

No entanto, a ação não atendeu à demanda da comunidade, já que os novos leitos estão instalados em áreas administrativas reformadas nos dois andares inferiores, que já estavam em funcionamento com uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA), desde 2012; um Hospital Dia da Rede Hora Certa – para procedimentos de baixa complexidade – e um Centro Especializado de Reabilitação (CER), desde 2016. Os cinco andares superiores, objeto da reivindicação de abertura da comunidade local, continuam fechados.

O objetivo da Prefeitura é que hospital funcione como um grande complexo de saúde, já que ao lado temos um Hospital Dia, uma AMA 24h, o CER e uma base do SAMU [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência].

“Finalmente o Estado conseguiu na Justiça a posse do hospital e em tratativas com a Prefeitura, esse hospital será finalmente municipalizado. Está faltando apenas algumas questões jurídicas. Uma vez municipalizado, a Prefeitura fará um projeto executivo, levantará os custos e vai buscar financiamento e verba federal para a reforma do prédio e aquisição dos equipamentos”, disse o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Saúde, Luiz Zamarco. 

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